Sentimento de revolta


Javi Garcia recebe ordem de expulsão em Braga (foto ASF)Benfica chocado com alguns comportamentos no estádio do SC Braga. Encarnados aguardam, agora, intervenção da Liga.

Luís Filipe Vieira apelou, no final do jogo com o SC Braga, à intervenção da Liga para que não se repitam alguns dos episódios que marcaram a noite infeliz dos encarnados. Além do desempenho da arbitragem, em particular do árbitro auxiliar José Cardinal, o Benfica considera intolerável o comportamento do speaker e o lançamento de bolas de golfe e outros objectos que atingiram jogadores e que corre o risco de tornar-se habitual nos jogos dos encarnados.

«Não sei porque é que a cidade de Braga hostiliza o Benfica», desabafou o presidente do Benfica, antes de iniciar a viagem de regresso a Lisboa. Não é a cidade, seguramente, responsável por alguns incidentes que provocaram consternação entre os benfiquistas. E compreende-se que a rivalidade entre minhotos e encarnados tenha sido alimentada pelos jogos na última época, em especial pelo encontro para o campeonato, do qual resultaram castigos para Vandinho, Mossoró e Ney.

Para o Benfica, porém, causou admiração que a equipa tivesse sido anunciada, antes do início, como «visitante», como habitualmente acontece no Estádio do Dragão. E, sobretudo, que ospeaker tenha apelado ao insulto enquanto decorria a partida. Os encarnados vêem neste último comportamento uma infracção ao regulamento disciplinar, esperando, agora, que a Liga se pronuncie.

O Benfica não tinha previsto, ontem, qualquer acção junto da entidade que tutela o futebol profissional para manifestar o desagrado pela arbitragem ou pelas acções do speaker e de alguns espectadores. Mas aguarda, com expectativa, as decisões da Liga, com a convicção de que os delegados daquele organismo assinalaram as ocorrências nos relatórios. 

As relações entre os clubes, como Luís Filipe Vieira salientou, não estão em causa, mas também caiu mal, entre os encarnados, o cair do pano no Estádio AXA. O encontro foi concluído ao som de «olés», «addio, adieu» de José Cid, «Jesus» de Frei Hermano da Câmara e «chamem a polícia» dos Trabalhadores do Comércio.

0 comentários: