
Em certa medida, o peso do calendário pode reflectir-se nas pernas e no andamento dos jogadores do Benfica. São três competições a que correspondem quatro finais, pois, neste pacote de jogos, o embate com os madeirenses tem de valer tanto como o braço-de-ferro com o Sporting - quanto mais não seja porque o descanso se resume a dois dias! -, pesem as diferenças impostas por uma rivalidade histórica que converte o grande dérbi lisboeta num duelo singular e de desfecho imprevisível. Só vencendo em Alvalade é que os encarnados repõem em oito pontos o atraso para o líder FC Porto - que, como se sabe, antecipou e ganhou a partida com o Nacional -, podendo depois continuar a subir aos relvados com o intuito de pôr carvão nas tentativas de pressão sobre o líder, visando possíveis deslizes que conduzam ao desalojamento do condómino que habita no ponto mais alto da classificação.
O desgaste é um factor de risco que Jesus tem de correr e, valha a verdade, não se importará de enfrentar. Também aqui a dimensão da força psicológica resultante das vitórias pode fazer muita diferença, pois ela constitui importante combustível para fazer face a eventuais debilidades que derivem do acumular de fadiga. Não menos relevante em ciclos de extrema dureza como este em que o campeão navega é ter ou não ter banco. E os elementos de segunda linha têm demonstrado ao treinador que pode contar com eles; até Felipe Menezes está a ter tempo e espaço para justificar oportunidades.
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