Jorge Jesus pode apanhar Eriksson

Um grande e particular desafio se apresenta ao Benfica de Jorge Jesus, dentro do desafio maior que será somar mais uma vitória consecutiva (a 19.ª, se o conseguir) amanhã à noite, em Braga: igualar o conseguido pelo Benfica de Sven-Goran Eriksson em 1990/91, já lá vão duas décadas, e averbar a 12.ª vitória seguida, de rajada, sem interrupções, no Campeonato.

A dificuldade da proeza é demonstrada pela simples constatação de os benfiquistas terem aguardado 20 anos para ver alguém não apenas morder os calcanhares ao histórico registo conseguido pela equipa da águia então orientada pelo técnico sueco [ver quadro anexo], como, até, pela possibilidade de o igualar (já amanhã) e até ultrapassar, no caso de o caminho das vitórias da águia não se esgotar na pedreira de Braga. 

Eriksson, actual treinador do Leicester City, e nome cuja simples evocação ainda hoje faz estremecer os adeptos encarnados, tão vincada foi a marca que deixou na Luz nas suas passagens pela equipa, ou não fosse um dos monstros sagrados que, no imaginário dos benfiquistas, provoca nostalgia e entusiasmo imediatos. Mais ainda se pensarmos que o sueco conseguiu 12 vitórias consecutivas no Campeonato não uma, mas em duas ocasiões: logo na sua primeira passagem pelo Benfica, em 1983/84, para repetir sete anos depois (1990/91). 

Futebol de ataque, ofensivo, envolvente, de ataque, sedutor e capaz de encher a antiga Luz e os campos onde o Benfica se deslocava, que marcaram uma época brilhante no historial encarnado.