Egipto: exército pede a manifestantes que cessem protestos e promete eleições livres


O Conselho Superior das Forças Armadas deu, esta sexta-feira, um sinal claro de que não irá juntar-se à rebelião dos milhares de manifestantes que pedem a demissão do presidente Hosni Mubarak, tendo pedido aos egípcios que «regressem à vida normal». 

Num comunicado, o segundo em menos de 24 anos, lido em directo na televisão estatal, o exército afirma-se o «garante» das reformas prometidas pelo presidente do Egipto. O porta-voz dos militares disse, ainda, que o exército irá garantir a realização de eleições livres e justas, bem como o avanço de reformas constitucionais.

As forças armadas sublinham que não serão admitidos «ataques à segurança do país» e garantem que o estado de emergência (desde 1981) será levantado «quando terminarem as actuais circunstâncias», ou seja, o fim dos protestos. Ainda assim, o exército reconhece que as exigências dos manifestantes são «legítimas» e diz que os que «rejeitaram a corrupção e exigiram reformas não serão perseguidos».

O comunicado não teve ainda quaisquer efeitos nos protestos, sendo que milhares de pessoas continuam concentradas a praça Tahrir, no centro do Cairo e outros tantos encaminham-se para o palácio presidencial em Heliopolis, a 30 quilómetros da capital, para o edifício da televisão estatal e para outros locais estratégicos do regime.

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